Ninguém quis comentar...

Estes dois casos foram publicitados, mas todos os dias muitos mais são abafados. E ninguém comenta, já repararam? Porque quem não piar fininho sujeita-se a perseguição profissional e a represálias dos agressores e respectivas famílias e gangues.

E mais uma vez se chama atenção para a dura realidade de que boa parte dos cursos EFA são apenas para a estatística. São depósitos de marginais, no mesmo espaço de crianças pequenas e normais.

E mais uma vez se chama atenção para que estes alunos têm longos historiais de violência na escola, mas ninguém nunca os castiga. Não convém...

Aguarda-se a reacção de Nuno Crato. E de Portas. E de Passos Coelho.





«Escola Básica da Quinta do Conde (na foto), esteve ontem sem aulas por protesto contra a agressão de professora. Na Pontinha, ninguém na escola Braancamp Freire quis comentar espancamento do professor Paulo Pedro.


Violência: Casos em escolas da Pontinha e Quinta do Conde

Dois professores sovados na sala


Luísa Conchinhas, professora da Escola Básica 3 (EB3) da Quinta do Conde, Sesimbra, foi espancada, anteontem, à frente dos seus 25 alunos, por se ter recusado a receber a mãe de duas crianças à hora por esta desejada. Menos de 24 horas depois, Paulo Pedro, professor na Escola Secundária Braancamp Freire, na Pontinha, Odivelas, era agredido a murro e pontapé por um aluno que havia expulsado da sala de aula.

Por:Miguel Curado/ Magali Pinto/ Lurdes Mateus

Na EB3 da Quinta do Conde, a agressão a Luísa Conchinhas foi o corolário de três anos de terror impostos por uma família na escola. "São pais de um menino e uma menina do 3º E", disse ao CM fonte da escola.

Pelas 13h45 de terça-feira, a mãe e uma irmã mais velha dos alunos foram à sala, e espancaram Luísa Conchinhas. A professora recebeu tratamento médico.

Na Pontinha, Paulo Pedro, de 50 anos, que lecciona Electricidade, foi agredido pelas 11h30 de ontem por Carlos, um aluno de 16 anos, na sala de aula, depois de o ter expulso. A direcção da escola não prestou declarações.

ESTUDANTE COM HISTORIAL DE VIOLÊNCIA

Carlos é um aluno com um historial de violência com professores e colegas na escola Secundária Braancamp Freire, na Pontinha. Com a mãe desempregada e o pai, trabalhador da construção, Carlos tem 16 anos mas ainda não acabou o 9º ano. Está a tirar um Curso de Educação e Formação (CEF) para ter a escolaridade obrigatória. As faltas ou expulsões das salas de aula são uma constante. Ontem de manhã, foi expulso pelo professor Paulo Pedro, da disciplina de Electricidade, e foi impedido de entrar. Reagiu a pontapé.»

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