"Como explicar a demissão no uso da autoridade por parte das autoridades: das pilhagens de Londres às escolas de Portugal"

(Ou dito de outra forma: pais, professores, polícias, magistrados, e qualquer cidadão, que se atrevam a contrariar esta sacrossanta "juventude", são uns botas de elástico, levam na corneta e ninguém lhes acode. Por isso há que comer e calar.)









in RAMIRO MARQUES :




Fonte: The Telegraph

Gostava de ter escrito o artigo de Ed West publicado hoje no diário britânico, The Telegraph, para explicar a crónica falta de autoridade que assola os agentes de autoridade. Pior do que ausência de autoridade é a demissão e o medo de usar a autoridade.

O brilhante texto de Ed West procura fazer luz sobre as causas que estão na origem dos atos de pilhagem e destruição gratuita que varrem Londres há vários dias. O que Ed West quis explicar é por que razão se chegou ao ponto de as autoridades se recusarem a usar a autoridade legítima para fazer cumprir a lei, defender a propriedade e proteger a integridade física das vítimas. Podemos estabelecer um paralelo com a violência e indisciplina em algumas escolas de Portugal. É o que farei de seguida:

Há razões políticas, culturais e psicológicas que explicam a demissão do uso da autoridade por parte dos professores. Tal como por parte dos polícias ingleses.



Essas razões radicam em várias fontes: desde logo, a escola e a universidade, baluartes hodiernos do relativismo radical e do politicamente correto; depois, a educação parental, ela própria filha do relativismo; por fim, o ambiente cultural criado e veiculado pelos media, com particular destaque nas últimas quatro décadas, e que tanto afetou a psique e o caráter da maior parte dos professores atuais.

British people have mostly internalised this fear, usually adopting a Stockholm Syndrome liberalism; for example, I believe that the reason so many young teachers in inner cities are textbook liberals who blame various institutions and authorities for the bad behaviour of their pupils is because they physically fear those kids, and it is easier to side with the one you fear. In contrast the kids do not fear anyone in authority – not teachers, not churchmen, not policemen or army officers, and especially not fathers. That is because, in essence, the people in authority in Britain have abandoned that authority, for various psycho-political reasons.




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