Violência leva aluno ao suicídio (mais um)!

03 Março 2010 - 00h30
Mirandela


“Não apanho mais, vou-me atirar ao rio”

Leandro tinha 12 anos e foi agredido na escola. Família foi hospitalizada em estado de choque.


Alguns comentários do leitores do Correio da Manhã

«03 Março 2010 – 08h32 António Silva

Professores e direcção da escola são os responsáveis. Pagamos ordenados altíssimos para tomarem conta dos nossos filhos.»

03 Março 2010 - 13h26 Gineto

Estes corpos docentes preocupam-se é com a progressão de carreira, o restante ... não lhes diz respeito.

03 Março 2010 - 13h00 Pedro

Trasbalho numa zona de escolas. Agressões são feitas todos os dias, ninguem faz algo. Depois veem noticias dessas!


- A anterior Ministra gabava-se de ter ido "buscar a casa" os garotos que foram integrar os CEF e que são os da primeira linha do terror que se passou a viver nas escolas. A reportagem "A Violência Vai à Escola" mostrava imagens captadas com câmaras escondidas em que se via o caos total nas salas de aula e fora delas. O vale-tudo!

- Em nome de tresloucadas teorias de "ensino integrado", acabou-se com as escolas técnicas, e, por motivos meramente economicistas, as escolas passaram a ser armazéns, em que se misturam meninos de 9 anos com homens de 19; crianças ordeiras e educadas com jovens marginais dos bairros "problemáticos"; alunos que querem aprender com alunos que vão à escola para "curtir".

- As gestões das escolas, que dantes eram eleitas e agora são nomeadas, como sabe quem está dentro do assunto, passaram a ter como regra trabalhar para as estatísticas. Há que esconder a violência, pois das boas estatísticas depende o estar nas boas graças do Poder!

- A resposta cínica do putativo representante dos pais e encarregados de educação é precisamente que "não havia registos"!

- Este caso não é o primeiro. Houve já suicídios. Houve já tiros e facadas, que são sempre branqueados como "tonterias da juventude". Houve pistolas apontadas a professores. Uma delas passou na tv. "Era de plástico, era a brincar". Os jovens marginais, alguns com currículo vasto nas áreas do assassínio, tortura, roubo, violação, tráfico de drogas, depressa entenderam que tinham campo livre.

- No ano lectivo trannsacto foi grande a alegria da população perante a moda de incendiar os carros aos professores. Dantes os professores eram estimados pela população. Porque deixaram de o ser? 4 anos de difamação por parte da tutela, deixam marcas...

- No ano lectivo transacto foi assassinado à catanada um aluno de um colégio público em Lisboa, numa guerra de gangues. No ano lectivo transacto uma menina foi espezinhada e obrigada a comer lama durante duas horas, numa escola da Margem Sul. Ninguém se meteu. Pudera! Alunos dos bairros dos gangues!...

- Agora a culpa vai ser dos professores, é claro. Mas quem está nas escolas sabe bem que quem se queixa, quem denuncia casos destes, está sempre a correr diversos perigos. Corre desde logo o perigo de os gangues que aterrorizam os garotos normais passarem a ter o professor e a sua família como alvo. Corre o risco de ser visto como o eterno "chato", que "não entende" que se trata apenas de "brincadeiras dos miúdos", que é um "autoritário". Corre o risco de cair nas más graças do Director, por estar a ser "alarmista" e "miserabilista". Corre o risco de desagradar aos docentes que amam as teorias eduquesas, e ser por isso perseguido pelos colegas.

- Então, o mais bem intencionado dos professores, acaba por se calar, vencido, pois não adianta lutar contra o gigantesco monstro kafkiano que é a Escola Pública de hoje em dia.

- Os alunos dos CEFes, que o actual Governo insiste que podem ter aulas nos mesmos edifícios e nas mesmas condições que os alunos normais, educados em famílias normais e não em ninhos de miséria, crime e toxicodependência, são os mesmos que atacam impunemente nos comboios e que se riem nas barbas da Polícia. É a esta gente que os políticos estão a entregar as ruas e as escolas.

- Talvez agora os iluminados das teorias da tanga comecem a compreender o que escrevi neste blogue até aqui!

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